domingo, agosto 30, 2009

Itacaré com o maior indice de Meningite Meningocócica da Bahia

Meningite já matou 87 na Bahia em 2009

Chega a 768 o número de casos confirmados de meningite na Bahia neste ano. 87 pessoas morreram vítimas da doença no estado. 36 municípios registram meningite Meningocócica, uma das formas mais perigosas da doença.

No sul da Bahia, há registro de mortes em Itabuna e Ilhéus. A situação também é preocupante em Itacaré. Apesar de não ter registrado nenhuma morte neste ano, o município têm um dos maiores índices de Meningocócica, 7,4%.

Itabuna registra índice de incidência de Meningocócica de 0,5%. Em Ilhéus a incidência é de 1,8%. Essa forma da doença já matou quatro pessoas neste ano nos dois municípios. Em Ilhéus, das quatro que contraíram a Meningocócica, três morreram. A doença foi responsável por 30 das 87 mortes, sendo 19 ocorridas em Salvador. A capital registrou 65 casos da meningite Meningocócica. A Região.

Boletim

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E o mais dramático é que a população desconhece os sintomas e nem sabe o que é Meningite!
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O que é?
É uma inflamação das meninges, as membranas que revestem o cérebro e a medula espinhal. É causada, principalmente, por vírus e bactérias, o que faz com que existam vários tipos de meningites. Nem todas, no entanto, são contagiosas ou transmissíveis, mas qualquer tipo de meningite precisa ser comunicada às autoridades sanitárias, pelo médico ou pelo hospital onde o paciente está internado.

O que causa a doença?
Uma das causas mais comuns são as infecções virais (depois de uma gripe, por exemplo, ou como uma complicação em pessoas com herpes simples . O tipo considerado realmente sério – podendo resultar muitas vezes inclusive em morte ou em danos no cérebro – é a meningite causada por bactérias. Especialistas chamam a atenção para o fato de a doença poder ser originada também por fungos, alergia a medicamentos e tumores.

É uma doença de criança?
Em princípio, contrai-se meningite em qualquer idade, mas as estatísticas mostram que crianças menores de 5 anos são as mais atingidas. Os bebês de 6 meses a 1 ano são apontados como os mais vulneráveis ao meningococo (uma das bactérias causadoras de meningite) porque geralmente ainda não desenvolveram anticorpos para evitar o desenvolvimento da doença.

Sinais e sintomas
A meningite que mais chama a atenção pela gravidade é a meningocócica, que requer que todos estejam alertas para os sinais e sintomas para que seja diagnosticada e tratada com rapidez. Quanto mais rápido o diagnóstico e o tratamento, menores as chances de o doente ficar com seqüelas. Os sintomas mais comuns são febre alta, muita dor de cabeça, (este sintoma pode não estar presente desde o início), dificuldade de fazer movimentos com a cabeça (rigidez na nuca), manchas cor de vinho na pele, desânimo e fotofobia (desconforto nos olhos com a luz). Nos bebês, moleira elevada (como se tivesse um galo na cabeça da criança), inquietação, movimentos involuntários e moleza no corpo são alguns sinais possíveis.

Como se transmite?
É normalmente através da fala, tosse, espirros e beijos que o meningococo passa de uma pessoa para outra. Pode-se transmiti-lo sem que se esteja doente.

Como combater a doença?
Existem vacinas contra alguns tipos de Meningite Meningocócica porém elas não são eficazes em crianças menores de 18 meses. Segundo o Centro de Vigilância Epidemiológica (CVE) da Secretaria da Saúde do Estado de São Paulo, em crianças maiores de 18 meses e em adultos a proteção da vacina dura de 1 a 4 anos e, por esse motivo, elas não fazem parte do calendário de vacinação, não estando disponíveis nos postos de saúde de diversos estados. A forma de combate da meningite depende da causa. No caso do meningococo, são usados antibióticos (entre outras medicações, de acordo com o estado do paciente). Todo o tratamento, porém, é mais eficaz quanto mais rápido for iniciado. Daí a necessidade de procurar imediatamente ajuda médica, sempre que houver suspeita, para que haja uma boa avaliação do paciente. Pode haver necessidade de avaliação, e até tratamento preventivo, também das pessoas que conviveram mais diretamente com o doente.

Que fazer ao desconfiar que alguém está com meningite?
Procure imediatamente um médico para um diagnóstico seguro e tratamento eficiente. Especialistas na área pedem que você não mande seu filho à escola, caso tenha febre muito alta. Procure descobrir com auxílio de um médico a causa da alta temperatura. Uma vez confirmada a meningite, a direção da escola deve ser avisada. Outra informação importante: após a alta do paciente não existe mais perigo de contaminação, portanto não há motivos para não voltar a freqüentar às aulas, muito menos motivos para discriminação. Também não é preciso fechar escolas que registrem casos de meningite porque o agente causador, o meningococo, não vive no ar ou nos objetos. Além disso, nem todos que entram em contato com o meningococo ficam doentes.

Que seqüelas a meningite pode deixar? As seqüelas podem ser muitas e vão desde dificuldades no aprendizado até a paralisia cerebral, passando ainda por defeitos físicos, como a surdez parcial ou completa.  Do Pai Legal

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Meningite, infecção no cerébro

O que é? Meningite (MGT) é uma infecção das membranas (meninges) que recobrem o cérebro por elementos patológicos como: vírus, bactérias, fungos ou protozoários. Quando ocorrer comprometimento concomitante do tecido cerebral, pode ser denominado de meningoencefalite.

Como se adquire? A aquisição da infecção está relacionada ao tipo de germe associado. Geralmente, pode estar associado a um quadro infeccioso respiratório, podendo ser viral ou bacteriano, otites (infecção do ouvido) , amigdalites (infecção na garganta), trauma cranioencefálico (germes colonizadores da cavidade nasal podem adentrar a cavidade craniana e contaminar as meninges). Estados de imunossupressão, como aqueles desencadeados pela infecção pelo HIV, podem tornar o indivíduo mais suscetível a apresentar este tipo de doença, principalmente quando a meningite for desencadeada por fungos ou protozoários.

O que se sente? O quadro clínico da MGT é caracterizado por: cefaléia intensa, náuseas, vômitos e certo grau de confusão mental. Também há sinais gerais de um quadro infeccioso, incluindo febre alta, mal-estar e até agitação psicomotora. Além disso, podemos observar a tradicional "rigidez de nuca", um sinal de irritação meníngea. Em crianças, o diagnóstico pode ser mais difícil, principalmente nas menores, pois não há queixa de cefaléia e os sinais de irritação meníngea podem estar ausentes. Nelas, os achados mais freqüentes são: febre, irritabilidade, prostração, vômitos, convulsões e até abaulamento de fontanelas.

Como o médico faz o diagnóstico? O diagnóstico é feito pela anamnese e exame físico completo do paciente. A confirmação diagnóstica das meningites é feita pelo exame do líquor, o qual é coletado através de uma punção lombar (retirada de líquido da espinha). Exames de imagem, sobretudo a tomografia de crânio, não são exames de escolha para o diagnóstico das meningites, mas são indicados quando há alteração focal no exame neurológico, ou se há sinais de hipertensão intracraniana (dor de cabeça, vômitos e confusão mental), ou crises convulsivas, no início do quadro, sem sinais infecciosos gerais.

Como se trata? O tratamento das meningites agudas é considerado uma emergência, principalmente se a suspeita etiológica for bacteriana. Ele deve ser iniciado o mais rápido possível e com antibióticos administrados via endovenosa, pois o paciente corre o risco de vida e de apresentar seqüelas graves nestes casos. Na suspeita de meningite crônica, como aquela provocada pela tuberculose, o tratamento pode ser administrado via oral, sendo que o mesmo se prolonga por semanas.

Como se previne? A prevenção é possível nos casos diagnosticados e com certeza da doença. O uso de máscaras e a profilaxia com antibiótico podem prevenir a meningite das pessoas que estiverem em contato próximo a um paciente que esteja com a infecção.

Do ABC Saude

A História Oculta do Mundo: A Pedofilia do Hamas

A História Oculta do Mundo: A Pedofilia do Hamas

Enquanto a imprensa exalta os "lutadores da liberdade do Hamas", os "rebeldes", ou então o PT e demais organizações de esquerda no Brasil dão apoio integral ao mesmo (conforme nota do secretário geral do partido, Valter Pomar durante a época do conflito), o mundo desconhece uma das histórias mais nojentas de abuso infantil, torturas e sodomização do mundo vinda do fundo dos esgotos de Gaza: os casamentos pedófilos do Hamas que envolvem até crianças de 4 anos. Tudo com a devida autorização da lei do islamismo radical.


Infância perdida, abuso certo: Você ficará calado?

A denúncia é do Phd Paul L. Williams e está publicada no blog thelastcrusade.org e é traduzida com exclusividade no Brasil pelo De Olho Na Mídia (ninguém mais na imprensa nacional pareceu se interessar pelo assunto)

Um evento de gala ocorreu em Gaza. O Hamas foi o patrocinador de um casamento em massa para 450 casais. A maioria dos noivos estava na casa dos 25 aos 30 anos; a maioria das noivas tinham menos de dez anos.

Grandes dignatários muçulmanos, incluindo Mahmud Zahar, um líder do Hamas foram pessoalmente cumprimentar os casais que fizeram parte desta cerimônia tão cuidadosamente planejada.

"Nós estamos felizes em dizer a América que vocês não podem nos negar alegria e felicidade", Zahar falou aos noivos, todos eles vestidos em ternos pretos idênticos e pertencentes ao vizinho campo de refugiados de Jabalia.

Cada noivo recebeu 500 dólares de presente do Hamas

As garotas na pré-puberdade, que estavam vestidas de branco e adornadas com maquiagem excessiva, receberam bouquets de noiva.

"Nós estamos oferecendo este casamento como um presente para o nosso povo que segue firme diante do cerco e da guerra", discursou o homem forte do Hamas no local, Ibrahim Salaf.

As fotos do casamento relatam o resto desta história sórdida




Noivas de 4 a 10 anos: Presentes de 500 dólares

O Centro Internacional Para Pesquisas Sobre Mulheres estima agora que existam 51 milhões de noivas infantis vivendo no planeta Terra e quase todas em países muçulmanos.

Quase 30% destas pequenas noivas apanham regularmente e são molestadas por seus maridos no Egito; mais de 26% sofrem abuso similar na Jordânia.

Todo ano, três milhões de garotas muçulmanas são submetidas a mutilações genitais, de acordo com a UNICEF. A prática ainda não foi proibida em muitos lugares da América.




Nesta hora até a miséria desaparece de Gaza: carros de luxo para meninas reduzidas a lixo
 
A prática da pedofilia teria base e apoio do islã, pelo menos a sua leitura mais extrema e radical. O livro Sahih Bukhari (além do Corão, outra das fontes de grupos como o Hamas) em seu quinto capítulo traz que Aisha, uma das esposas de Maomé teria seis anos quando se casou com ele e as primeiras relações íntimas aos nove. O período de espera não teria sido por conta da pouca idade da menina, mas de uma doença que ela tinha na época. Em compensação, Maomé teria sido generoso com a menina: permitiu que ela levasse todos os seus brinquedos e bonecas para sua tenda.

Mais ainda: talvez o mais conhecido de todos os clérigos muçulmanos deste século, o Aiatóla Komeini, defendeu em discursos horripilantes a prática da pedofilia:

Um homem pode obter prazer sexual de uma criança tão jovem quanto um bebê. Entretanto, ele não pode penetrar; sodomizar a criança não tem problema. Se um homem penetrar e machucar a criança, então ele será responsável pelo seu sustento o resto da vida. A garota entretanto, não fica sendo contada entre suas quatro esposas permanentes. O homem não poderá também se casar com a irmã da garota...É melhor para uma garota casar neste período, quando ela vai começar a menstruar, para que isso ocorra na casa do seu marido e não na casa do seu pai. Todo pai que casar sua filha tão jovem terá assegurado um lugar permanente no céu.
De Olho na Midia  e no Dois em Cena /com video

sexta-feira, agosto 28, 2009

Sua Majestade o consumidor de drogas! Plebeu é você, caretão!

Sua Majestade o consumidor de drogas! Plebeu é você, caretão!

Fez-se um grande estardalhaço por aqui com a decisão da corte suprema da Argentina, o STF de lá, segundo a qual o porte de uma pequena quantidade de maconha, suficiente apenas para o consumo, não é crime. Fica até parecendo que, no Brasil, a coisa é diferente. Não é. A legislação brasileira já descriminou o consumo da maconha.

Aliás, a lei é tão ampla, que pode ser evocada também para outras drogas.  Basta que se leia o artigo 28 da Lei 11.343, de 2006, que trata do assunto. Ela prevê ainda a assistência ao consumidor. Só falta chamá-lo de "dotô" e premiá-lo como uma medalha de honra ao mérito. Não se esqueceu de nada nem de ninguém: até o pequeno produtor foi contemplado. Leiam o artigo (a íntegra da lei está aqui). Volto em seguida.

Art. 28. Quem adquirir, guardar, tiver em depósito, transportar ou trouxer consigo, para consumo pessoal, drogas sem autorização ou em desacordo com determinação legal ou regulamentar será submetido às seguintes penas:
I - advertência sobre os efeitos das drogas;
II - prestação de serviços à comunidade;
III - medida educativa de comparecimento a programa ou curso educativo.
§ 1º Às mesmas medidas submete-se quem, para seu consumo pessoal, semeia, cultiva ou colhe plantas destinadas à preparação de pequena quantidade de substância ou produto capaz de causar dependência física ou psíquica.
§ 2º Para determinar se a droga destinava-se a consumo pessoal, o juiz atenderá à natureza e à quantidade da substância apreendida, ao local e às condições em que se desenvolveu a ação, às circunstâncias sociais e pessoais, bem como à conduta e aos antecedentes do agente.
§ 3º As penas previstas nos incisos II e III do caput deste artigo serão aplicadas pelo prazo máximo de 5 (cinco) meses.
§ 4º Em caso de reincidência, as penas previstas nos incisos II e III do caput deste artigo serão aplicadas pelo prazo máximo de 10 (dez) meses.
§ 5º A prestação de serviços à comunidade será cumprida em programas comunitários, entidades educacionais ou assistenciais, hospitais, estabelecimentos congêneres, públicos ou privados sem fins lucrativos, que se ocupem, preferencialmente, da prevenção do consumo ou da recuperação de usuários e dependentes de drogas. § 6º Para garantia do cumprimento das medidas educativas a que se refere o caput, nos incisos I, II e III, a que injustificadamente se recuse o agente, poderá o juiz submetê-lo, sucessivamente a:
I - admoestação verbal;
II - multa.
§ 7º O juiz determinará ao Poder Público que coloque à disposição do infrator, gratuitamente, estabelecimento de saúde, preferencialmente ambulatorial, para tratamento especializado.

Comento
Se você tiver qualquer outra pereba que não decorra da sua opção — é uma opção, certo? — de consumir produtos ilícitos, tem direito à assistência, sim. O SUS garante. Mas tem de entrar na fila, colega. Dane-se lá em meio aos outros doentes. Agora, no caso de ser um viciado, bem, aí o juiz DETERMINARÁ QUE O PODER PÚBLICO — todos nós —garanta o tratamento especializado. A lei ainda não prevê iogurte, frutas, casa, comida, roupa lavada e um amorzinho gostoso (esse último item só para traficantes condenados…), mas chegará lá.

Ninguém vai preso por causa de um cigarrinho de maconha. Isso é conversa de gente que é pega vendendo a droga e que se defende dizendo que iria fumar aqueles meros cinco quilos de mato… Muita gente acaba sendo vítima da extorsão da polícia e de traficantes porque não quer seu nome envolvido com as drogas, ainda que seja apenas para consumo. Teme a reputação.

Hipocrisia
É claro que é uma hipocrisia essa história de não punir o consumidor. É uma acinte à lógica. Ele conseguiu a droga onde? Na gôndola do supermercado? Aí leio no site Consultor Jurídico o que segue:

"A sociedade e o Congresso têm que entender que estamos prendendo os peixes pequenos, agravando a situação deles e deixando soltos os grandes traficantes." Com esse argumento, o deputado Paulo Teixeira (PT/SP) pretende enfrentar nos próximos meses uma batalha polêmica na Câmara dos Deputados: permitir o plantio de maconha para o usuário e estabelecer penas alternativas para o pequeno traficante. Para isso, Teixeira se vale de um estudo encomendado pelo Ministério da Justiça que mostra, na prática, que a polícia pouco se dedica a prender os grandes traficantes. Segundo o deputado, a nova lei pode mudar essa situação e deixar ainda mais clara a descriminalização do usuário, a ponto de ser permitido fumar maconha no meio da rua."

Viram só?
É o que dá ficar debatendo uma lei "mais liberal", a exemplo do que faz a tal a tal Comissão Latino-Americana para as Drogas e a Democracia, à qual pertencem os ex-presidentes FHC (Brasil), César Gaviria (Colômbia) e Ernesto Zedillo (México). O debate até pode ter a melhor das intenções, mas as pessoas que lidam com esse lixo não têm. Vejam que o tal deputado já quer penas alternativas também para o pequeno traficante. O que será um "pequeno traficante"? O plantio, como está claro na lei, já é, na prática, liberado. Mas ele quer deixar a coisa mais "clara". Vai ver pretende que o BNDES abra uma linha de crédito para esses agricultores "alternativos".

Olhem, não vou aqui repetir argumentos conhecidos contra a legalização das drogas. O que me causa certo enfaro é reparar que a imprensa brasileira trata a decisão argentina como se fosse algo realmente inovador em relação ao que temos no Brasil. Nessa área, por aqui, estamos mais "avançados", entendem? E, por isso mesmo, nosso atraso é gigantesco. A Argentina ainda chega lá fazendo as mesmas coisas estúpidas que fizemos.

Do Blog Reinaldo Azevedo do Veja.Com

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Leia Maconha com aval de presidentes

OS NÚMEROS PORCOS DA GRIPE SUÍNA NO BRASIL

OS NÚMEROS PORCOS DA GRIPE SUÍNA NO BRASIL

Ah, claro! Eu não entendo nada de gripe suína. Nadica! Não sou especialista. O especialista é o ministro José Gomes Temporão. Aliás, ele é bom de doença pra chuchu. Em dengue, por exemplo, é um portento. Não entendo de gripe, mas estudei alguma coisinha de matemática, gosto de lógica, costumo distinguir com razoável competência a verdade da mentira. E sei que a verdade sobre a gripe suína no Brasil é porca. E vou demonstrar, com uma calculadora na mão, por quê.

Ontem, o Brasil chegou ao topo do mundo em número de mortes por causa da doença: 557. Em óbitos por 100 mil, estamos em sétimo lugar, superados por Argentina, Chile, Costa Rica, Uruguai, Austrália e Paraguai. Ah, sim: se você cancelou a sua viagem para o México, chegou a hora de os mexicanos cancelarem sua viagem ao Brasil. A tal "Gripe Mexicana" matou 179 naquela país — 14º lugar em mortos por 100 mil. O México, vamos ser francos, a exemplo do Bananão, é meio esculhambado e pode não estar fornecendo os números reais. Mas e os números do Bananão?

Antes que continue, não custa lembrar que Lula, sempre ele, havia decretado que também a doença era uma marolinha. No dia 28 de abril, dizia o ser de luz, aquele que, segundo Marilena Chaui, ilumina o debate quando fala: "Este é um momento de cautela, um momento de prevenção. Não é um momento de fazer terrorismo com uma coisa que não chegou aqui". Oficialmente, a primeira morte ocorreu exatos dois meses depois: 28 de junho. Cinqüenta e sete dias depois, 557 ocorrências (até ontem): média 9,77 mortes por dia.

Ainda bem que a tão odiada (por eles) "mídia" não caiu na conversa. Continuou a informar o comportamento da doença no mundo, não dando trela para a bestialógico oficial. Passar para o topo do ranking era um destino decretado pelas escolhas feitas pelos brasileiros. Certamente a informação colaborou para diminuir em muito a contaminação. Agora vamos ao que interessa.

O Brasil está no topo do ranking em números absolutos? Está. Olhando a distribuição das mortes no território nacional, tenho uma desconfiança: devemos liderar também o número de vítimas fatais por 100 mil. OS DADOS OFICIAIS PODEM NÃO SER MENTIROSOS, MAS SÃO UMA MENTIRA. Não há cientista que possa explicá-los. Basta analisar os dados para verificar que há um problema óbvio de SUBNOTIFICAÇÃO. O número de cadáveres é, com certeza, maior. Ou melhor: o número de cadáveres é certamente MUITO maior. Matemática e lógica não são praticas terroristas; são matemática e lógica apenas. Vamos lá.

Vocês sabiam que há 13 unidades da federação que não registram uma única morte em decorrência da doença? São eles: Sergipe, Ceará, Piauí, Acre, Mato Grosso, Tocantins, Goiás, Espírito Santo, Roraima, Acre, Amazonas, Amapá e Maranhão — nos Estados onde Sarney manda, parece que nem gripe suína prospera… Eis aí o primeiro sinal de que algo de errado está em curso. Aí aquele leitor que se apressa em discordar antes de chegar ao fim do texto logo pensa: "Pô, Reinaldo, não ter havido óbito nesses estados não quer dizer que não tenha havido a doença…" Claro, claro, leitor. Então vamos ver como se distribuem as mortes em números absolutos naqueles em que há óbitos: SP (223); PR (151), RS (98), RJ (55), SC (11), MG (8), DF (2), Paraíba (2), Bahia (2), MS (1), PE (1), RO (1), PA (1), RN (1).

Tive o capricho, como dizia meu pai, de fazer a tabela dos mortos nos Estados por 100 mil habitantes. O ranking é este (em alguns casos, precisei chegar à terceira casa depois da vírgula da desempatar):
1º - PR - 1,40
2º - RS - 0,90
3º - SP - 0,53
4º - RJ - 0,34
5º - SC - 0,17
6º - DF - 0,07
7º - RO - 0,06
8º - PB - 0,05
9º - MS - 0,04
10º - MG - 0,039
11º - RN - 0,032
12º - BA - 0,014
13º - PA - 0,013
14º - PE - 0,011

Um leitor ligado apenas ao determinismo climático diria: "Nada de estranho, Reinaldo. Nos Estados mais frios, há mais mortes porque, provavelmente, o número de contaminados é bem maior". É, acho que é um fator a ser considerado. Mas será que só o frio explica que a gripe suína tenha matado, ATENÇÃO!, 36 VEZES  MAIS NO PARANÁ DO QUE EM MINAS? Uma variação que fosse, sei lá, de uma, duas ou até três vezes parece atribuível a fatores locais: temperatura, proximidade com fronteiras etc. Os mais atilados investigariam até a qualidade da alimentação. Uma variação de quase 40 vezes? Vai ver Minas é contra o vírus, e o vírus entendeu isso.

Peguemos dois estados que não apresentam grandes variações de temperatura entre si: a minúscula Paraíba, com 3,745 milhões de habitantes, conta com duas mortes, o mesmo número da gigante Bahia, com 14,080 milhões — a população do Estado só perde para São Paulo, Minas e Rio. Pois é…  Com duas mortes cada um, o vírus mata, então, 3,5 vezes mais na Paraíba do que na Bahia. Vai ver o bichinho fica com medo de Jaques Wagner. E que se note: os problemas de aglomeração urbana, um fator que contribui para a expansão da doença, são bem maiores na… Bahia!

Sigamos para o Espírito Santo, que tem o clima do Rio, com algumas praias a menos. Não dá outra. O vírus deixou 55 mortos no vizinho, mas nenhuma no Espírito Santo. Vai ver encontrou por lá um povo mais hígido, com uma sabedoria biológica superior à daquele que vive do lado de lá da fronteira. A quente Rondônia mata de gripe suína 5,5 vezes mais do que Pernambuco. Tenham paciência!

Não! Não estou responsabilizando o governo federal pela gripe suína. Mas eu estou sustentando, aí sim, que os números acima não fazem o menor sentido e que se confundiu discurso tranqüilizador com informações falsas. É evidente que o "Brasil preparado para enfrentar a gripe suína", conforme o anunciado por Lula e Temporão, era balela. Já é o primeiro em mortes em números absolutos e o 7º na conta por 100 mil habitantes. "Ah, os outros países podem estar maquiando os seus dados". É, podem, sim. Mas é evidente que os do Brasil também não são verdadeiros. Basta pegar uma calculadora. Basta fazer uma conta.

Consta que o número de casos tem caído. Tomara que isso, ao menos, seja verdade.

Blog Reinaldo Azevedo Na Veja.com

Estudo mostra que gripe A é mais letal do que gripe comum

A taxa de mortalidade da gripe A é pelo menos duas a três vezes superior à da sazonal. Outro dado é que quase a metade das vítimas já sofria de outras doenças antes de serem contaminadas pelo vírus.
A avaliação foi conduzida por cientistas franceses e divulgada pelo Centro Europeu de Prevenção e Controle de Doenças, que acaba de concluir o primeiro perfil completo da nova doença, quatro meses depois da eclosão dos casos nos Estados Unidos e no México. O centro é uma agência da União Européia criada com o objetivo de reforçar as defesas da continente contra as doenças infecciosas.
Apesar de ser mais virulenta do que a sazonal, a gripe A ainda é mais branda do que o vírus que gerou a gripe espanhola em 1918 e que matou 40 milhões de pessoas no mundo, conforme estimativas. Segundo o estudo, de cada mil pessoas contaminadas, entre quatro e seis não resistem ao vírus H1N1. Isso representaria uma letalidade de 0,4% a 0,6%. Já na gripe espanhola, a taxa de letalidade era 10 vezes maior à da gripe A.
O perfil ainda mostra que mais da metade dos casos de mortes – 51% – ocorreram com pessoas entre 20 e 49 anos e que os grupos afetados não são os mesmos vulneráveis à gripe sazonal. Quarenta e nove por cento dos mortos já sofriam de outros problemas de saúde antes de ser contaminados.
A avaliação foi feita em julho com dados de 28 países de todo o mundo, inclusive com os casos registrados no Brasil. A variação entre continentes, porém, é considerada significativa. Em alguns países, a taxa foi superior à média mundial. No México, ela chegou a 6% nos três primeiros meses. Na Argentina, foi de 4,5% entre maio e julho.
Uma das conclusões é a comprovação de que diabéticos e obesos têm mais chances de não sobreviver ao vírus. O que o estudo também revela é que nem crianças nem idosos estão entre os grupos de maior risco, como foi inicialmente indicado. Apenas 12% dos mortos até agora tinham mais de 60 anos. Noventa por cento dos óbitos gerados pela gripe sazonal ocorrem em pessoas com mais de 65 anos. Por ano, entre 250 mil e 500 mil pessoas morrem no mundo de gripe comum.
Uma das teorias avaliadas pelo estudo é de que os mais idosos estariam mais protegidos porque, no passado, podem ter sido expostos a um vírus parecido ao H1N1 ou a uma versão mais leve do mesmo vírus. A estimativa é de que as pessoas que nasceram antes de 1957 podem ter desenvolvido uma resistência a um vírus que se desenvolveu após a gripe espanhola, em 1918. Mas o perfil ainda mostra que, quando idosos são contaminados pelo vírus H1N1, a taxa de mortalidade é alta.
O estudo também indica a necessidade de proteger mulheres grávidas. Nesta semana, a Comissão Europeia divulgou sua estratégia de vacinação, que deve começar já em meados de setembro. Gestantes, médicos e enfermeiras e pessoas com problemas de saúde devem ser os primeiros a receber a vacina. A UE admite, porém, que será "improvável" que haja vacinas para todos em um primeiro momento.

– Será necessário definir prioridades – disse.

Dinheiro
- Para enfrentar a doença, o governo federal enviou ontem ao Congresso uma medida provisória para liberar R$ 2,1 bilhões em crédito extraordinário.
- Metade da verba deverá ser usada na compra de vacinas.
- A segunda maior fatia de recursos vai para a compra de medicamentos.
- Também haverá investimento na ampliação do número de leitos de UTI e na compra de equipamentos usados para tratar problemas respiratórias.
- Os governos estaduais deverão ainda receber recursos.
- Outra parcela será usada em pesquisas sobre a gripe.
 

Recurso Especial para a Lei Maria da Penha

Lei Maria da Penha é tema de recurso repetitivo

O prazo é de 15 dias para que interessados se manifestem sobre a necessidade ou não de representação da vítima nos casos de violência doméstica, após a vigência Lei Maria da Penha (Lei 11.340/2006). O entendimento é do ministro Napoleão Nunes Maia Filho, da 3ª Seção do Superior Tribunal de Justiça, para que pessoas, órgãos ou entidades que tenham interesse na controvérsia se manifestem sobre o assunto.

A questão está sendo discutida em Recurso Especial separado pela 5ª Turma como representativo para ser julgado pelo rito da Lei dos Recursos Repetitivos (Lei 11.672/2008), por causa dos inúmeros recursos que chegam ao STJ sobre esse ponto da lei.

O recurso em destaque foi apresentado pelo Ministério Público do Distrito Federal. O objetivo é reverter a decisão do tribunal local que entendeu que "a natureza da ação do crime do artigo 129, parágrafo 9º, do Código Penal é pública condicionada à representação. O artigo 41 da Lei 11.340/06, ao ser interpretado com o artigo 17 do mesmo diploma, apenas veda os benefícios como transação penal e suspensão condicional do processo nos casos de violência familiar. Assim, julgou extinta a punibilidade (cessação do direito do Estado de aplicar a pena ao condenado devido à ação ou fato posterior à infração penal) quando não há condição de instaurar processo diante da falta de representação da vítima.

Como o recurso representa tema discutido repetidamente e será julgado pela Lei 11.672/08, após a publicação da conclusão do julgamento no Diário da Justiça Eletrônico, todos os tribunais de Justiça e regionais federais serão comunicados do resultado para aplicação imediata em casos semelhantes, o mesmo acontece nos processos que tiveram sua tramitação paralisada no próprio STJ por determinação do ministro Napoleão Maia Filho, sejam os que se encontram nos gabinetes dos ministros sejam os que estão ainda pendentes de distribuição. Com informações da Assessoria de Imprensa do Superior Tribunal de Justiça.

REsp 109.704-2  No Conjur...

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Em 2008

Uma decisão inédita do Superior Tribunal de Justiça (STJ) concluiu que a violência doméstica contra a mulher constitui "delito de ação penal pública incondicionada". Isso significa que a investigação ou ação penal podem ser movidas pelo Ministério Público, sem a necessidade de consentimento expresso da vítima. É um passo positivo na defesa dos direitos da mulher. Na maioria dos casos, a vítima não denuncia o agressor por medo ou, sob ameaças e forte pressão psicológica, acaba por retirar a ação.

Com a decisão, a sexta turma do STJ rejeitou, por três votos a dois, o pedido de habeas-corpus de José Francisco da Silva Neto, denunciado pelo Ministério Público do Distrito Federal por suposto crime de violência doméstica contra sua mulher. A defesa alegou que a vítima não queria mais dar prosseguimento à ação, mas o STJ negou o recurso.

O voto-vista que definiu o resultado do julgamento, do ministro Paulo Gallotti, ressaltou que, com a Lei Maria da Penha, o crime de lesão corporal qualificado deixou de ser considerado infração penal de menor potencial ofensivo. A Lei Maria da Penha define o crime de violência doméstica como a lesão corporal praticada "contra ascendente, descendente, irmão, cônjuge ou companheiro, ou com quem conviva ou tenha convivido, ou, ainda, prevalecendo-se o agente das relações domésticas, de coabitação ou de hospitalidade".

Fonte: STJ

Do Blog Lei Maria da Penha

Meningite uma morte a cada 2,6 dias na Bahia

Nos primeiros 15 dias de agosto, a meningite matou sete pessoas na Bahia, segundo dados divulgados na segunda-feira (24) pela Secretaria de Saúde do Estado (Sesab). Em 2009, a doença já acumula 87 vítimas. O número corresponde a uma morte a cada 2,6 dias. No total, foram confirmados 768 casos de meningite. Desses, 287 (37,3%) foram de origem bacteriana, 385 (50,1%) virais, 96 (12,5%) não especificadas e de outros tipos.

A coordenadora estadual de imunização da Sesab, Fátima Guirra, explica que a doença - caracterizada por inflamação na membrana que reveste o cérebro - tem um comportamento rápido e de fácil contágio. "Para evitar a elevação no número de óbitos é fundamental que o paciente procure o serviço médico quando houver sinais da doença como febre, rigidez na nuca e falta de apetite", explica. Sobre a elevação no número de casos, Fátima afirma que é resultado do comportamento endêmico da meningite no estado. Em 2008 foram confirmados 1.279 casos de meningite com 123 óbitos no estado. Foram 441( 34%) de origem bacteriana, 659 (52%) virais e 179 (14%) não especificadas e de outros tipos.

Meningogócica

No ano passado, a forma meningocócica da doença, mais grave, matou 26 pessoas, entre os 137 casos registrados. Este ano, ela já foi responsável por 30 mortes, distribuídas em 35 municípios.

As maiores incidências foram nas cidades de Nazaré (10,9/100 mil habitantes), Antônio Cardoso e Terra Nova (7,9/ 100mil hab), Itacaré (7,4/100 mil hab), Ribeirado Amparo e Andaraí (6,8/100 mil hab), Iguaí (6,8/100 mil hab) e Belo Campo (6,6/ 100mil hab).

Guirra preocupa-se com esse crescimento. "É necessário que haja um diagnóstico rápido, tanto laboratorial quanto clínico, para que o caso não seja agravado. Além disso, é fundamental que o manejo do paciente dentro das unidades de saúde seja feito com cuidado para evitar a disseminação da doença", destacou a coordenadora

O que é?

A meningite é um processo inflamatório das meninges, membranas que envolvem o cérebro. É causada por bactérias, vírus, parasitas e fungos. Quando eles conseguem vencer as defesas do organismo, aninham-se nas meninges. Elas se inflamam, produzindo pus e a infecção se espalha por todo o sistema nervoso central.

Quais os sintomas?

Em crianças acima de 1 ano de idade e adultos: Febre alta repentina; dor de cabeça intensa e contínua; vômitos em jato; náuseas; rigidez de nuca; podem surgir pequenas manchas vermelhas na pele. Em crianças menores de 1 ano de idade: Os pais devem atentar para a presença de moleira tensa ou elevada, irritabilidade, inquietação com choro agudo e persistente e rigidez corporal com ou sem convulsões.

Como se transmite?

A transmissão é de pessoa a pessoa, por via respiratória, através de gotículas e secreções do nariz e garganta, em contato prolongado e convivência no mesmo ambiente (residentes da mesma casa, colegas de dormitório, creche, alojamento).

"O fator mais preocupante é o crescimento nos casos da forma meningocócica do tipo C, forma mais grave da doença. Os casos aumentaram tanto que já estamos perto da ocorrência de um surto do tipo C", revela . (Mariana Rios)

Leia mais no Correio Globo

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Meningite Meningocócica 

Os principais  sintomas são: febre alta que começa abruptamente; dor de cabeça intensa e contínua; vômitos em jato; náuseas; rigidez dos músculos da nuca, ombros e das costas; falta de apetite; dores musculares e agitação física e mental. Podem surgir manchas vermelhas na pele. Em crianças menores de um ano, os sintomas mais comuns são: moleira tensa ou elevada, irritabilidade; inquietação com choro agudo; rigidez cor-poral com ou sem convulsões. Tratamento antibióticos específicos.Existem vacinas para prevenir alguns tipos de meningite.

 

Saiba mais Meningite Meningocócica

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quinta-feira, agosto 27, 2009

OS NÚMEROS PORCOS DA GRIPE SUÍNA NO BRASIL

OS NÚMEROS PORCOS DA GRIPE SUÍNA NO BRASIL

Ah, claro! Eu não entendo nada de gripe suína. Nadica! Não sou especialista. O especialista é o ministro José Gomes Temporão. Aliás, ele é bom de doença pra chuchu. Em dengue, por exemplo, é um portento. Não entendo de gripe, mas estudei alguma coisinha de matemática, gosto de lógica, costumo distinguir com razoável competência a verdade da mentira. E sei que a verdade sobre a gripe suína no Brasil é porca. E vou demonstrar, com uma calculadora na mão, por quê.

Ontem, o Brasil chegou ao topo do mundo em número de mortes por causa da doença: 557. Em óbitos por 100 mil, estamos em sétimo lugar, superados por Argentina, Chile, Costa Rica, Uruguai, Austrália e Paraguai. Ah, sim: se você cancelou a sua viagem para o México, chegou a hora de os mexicanos cancelarem sua viagem ao Brasil. A tal "Gripe Mexicana" matou 179 naquela país — 14º lugar em mortos por 100 mil. O México, vamos ser francos, a exemplo do Bananão, é meio esculhambado e pode não estar fornecendo os números reais. Mas e os números do Bananão?

Antes que continue, não custa lembrar que Lula, sempre ele, havia decretado que também a doença era uma marolinha. No dia 28 de abril, dizia o ser de luz, aquele que, segundo Marilena Chaui, ilumina o debate quando fala: "Este é um momento de cautela, um momento de prevenção. Não é um momento de fazer terrorismo com uma coisa que não chegou aqui". Oficialmente, a primeira morte ocorreu exatos dois meses depois: 28 de junho. Cinqüenta e sete dias depois, 557 ocorrências (até ontem): média 9,77 mortes por dia.

Ainda bem que a tão odiada (por eles) "mídia" não caiu na conversa. Continuou a informar o comportamento da doença no mundo, não dando trela para a bestialógico oficial. Passar para o topo do ranking era um destino decretado pelas escolhas feitas pelos brasileiros. Certamente a informação colaborou para diminuir em muito a contaminação. Agora vamos ao que interessa.

O Brasil está no topo do ranking em números absolutos? Está. Olhando a distribuição das mortes no território nacional, tenho uma desconfiança: devemos liderar também o número de vítimas fatais por 100 mil. OS DADOS OFICIAIS PODEM NÃO SER MENTIROSOS, MAS SÃO UMA MENTIRA. Não há cientista que possa explicá-los. Basta analisar os dados para verificar que há um problema óbvio de SUBNOTIFICAÇÃO. O número de cadáveres é, com certeza, maior. Ou melhor: o número de cadáveres é certamente MUITO maior. Matemática e lógica não são praticas terroristas; são matemática e lógica apenas. Vamos lá.

Vocês sabiam que há 13 unidades da federação que não registram uma única morte em decorrência da doença? São eles: Sergipe, Ceará, Piauí, Acre, Mato Grosso, Tocantins, Goiás, Espírito Santo, Roraima, Acre, Amazonas, Amapá e Maranhão — nos Estados onde Sarney manda, parece que nem gripe suína prospera… Eis aí o primeiro sinal de que algo de errado está em curso. Aí aquele leitor que se apressa em discordar antes de chegar ao fim do texto logo pensa: "Pô, Reinaldo, não ter havido óbito nesses estados não quer dizer que não tenha havido a doença…" Claro, claro, leitor. Então vamos ver como se distribuem as mortes em números absolutos naqueles em que há óbitos: SP (223); PR (151), RS (98), RJ (55), SC (11), MG (8), DF (2), Paraíba (2), Bahia (2), MS (1), PE (1), RO (1), PA (1), RN (1).

Tive o capricho, como dizia meu pai, de fazer a tabela dos mortos nos Estados por 100 mil habitantes. O ranking é este (em alguns casos, precisei chegar à terceira casa depois da vírgula da desempatar):
1º - PR - 1,40
2º - RS - 0,90
3º - SP - 0,53
4º - RJ - 0,34
5º - SC - 0,17
6º - DF - 0,07
7º - RO - 0,06
8º - PB - 0,05
9º - MS - 0,04
10º - MG - 0,039
11º - RN - 0,032
12º - BA - 0,014
13º - PA - 0,013
14º - PE - 0,011

Um leitor ligado apenas ao determinismo climático diria: "Nada de estranho, Reinaldo. Nos Estados mais frios, há mais mortes porque, provavelmente, o número de contaminados é bem maior". É, acho que é um fator a ser considerado. Mas será que só o frio explica que a gripe suína tenha matado, ATENÇÃO!, 36 VEZES  MAIS NO PARANÁ DO QUE EM MINAS? Uma variação que fosse, sei lá, de uma, duas ou até três vezes parece atribuível a fatores locais: temperatura, proximidade com fronteiras etc. Os mais atilados investigariam até a qualidade da alimentação. Uma variação de quase 40 vezes? Vai ver Minas é contra o vírus, e o vírus entendeu isso.

Peguemos dois estados que não apresentam grandes variações de temperatura entre si: a minúscula Paraíba, com 3,745 milhões de habitantes, conta com duas mortes, o mesmo número da gigante Bahia, com 14,080 milhões — a população do Estado só perde para São Paulo, Minas e Rio. Pois é…  Com duas mortes cada um, o vírus mata, então, 3,5 vezes mais na Paraíba do que na Bahia. Vai ver o bichinho fica com medo de Jaques Wagner. E que se note: os problemas de aglomeração urbana, um fator que contribui para a expansão da doença, são bem maiores na… Bahia!

Sigamos para o Espírito Santo, que tem o clima do Rio, com algumas praias a menos. Não dá outra. O vírus deixou 55 mortos no vizinho, mas nenhuma no Espírito Santo. Vai ver encontrou por lá um povo mais hígido, com uma sabedoria biológica superior à daquele que vive do lado de lá da fronteira. A quente Rondônia mata de gripe suína 5,5 vezes mais do que Pernambuco. Tenham paciência!

Não! Não estou responsabilizando o governo federal pela gripe suína. Mas eu estou sustentando, aí sim, que os números acima não fazem o menor sentido e que se confundiu discurso tranqüilizador com informações falsas. É evidente que o "Brasil preparado para enfrentar a gripe suína", conforme o anunciado por Lula e Temporão, era balela. Já é o primeiro em mortes em números absolutos e o 7º na conta por 100 mil habitantes. "Ah, os outros países podem estar maquiando os seus dados". É, podem, sim. Mas é evidente que os do Brasil também não são verdadeiros. Basta pegar uma calculadora. Basta fazer uma conta.

Consta que o número de casos tem caído. Tomara que isso, ao menos, seja verdade.

Blog Reinaldo Azevedo Na Veja.com

Estudo mostra que gripe A é mais letal do que gripe comum

A taxa de mortalidade da gripe A é pelo menos duas a três vezes superior à da sazonal. Outro dado é que quase a metade das vítimas já sofria de outras doenças antes de serem contaminadas pelo vírus.
A avaliação foi conduzida por cientistas franceses e divulgada pelo Centro Europeu de Prevenção e Controle de Doenças, que acaba de concluir o primeiro perfil completo da nova doença, quatro meses depois da eclosão dos casos nos Estados Unidos e no México. O centro é uma agência da União Européia criada com o objetivo de reforçar as defesas da continente contra as doenças infecciosas.
Apesar de ser mais virulenta do que a sazonal, a gripe A ainda é mais branda do que o vírus que gerou a gripe espanhola em 1918 e que matou 40 milhões de pessoas no mundo, conforme estimativas. Segundo o estudo, de cada mil pessoas contaminadas, entre quatro e seis não resistem ao vírus H1N1. Isso representaria uma letalidade de 0,4% a 0,6%. Já na gripe espanhola, a taxa de letalidade era 10 vezes maior à da gripe A.
O perfil ainda mostra que mais da metade dos casos de mortes – 51% – ocorreram com pessoas entre 20 e 49 anos e que os grupos afetados não são os mesmos vulneráveis à gripe sazonal. Quarenta e nove por cento dos mortos já sofriam de outros problemas de saúde antes de ser contaminados.
A avaliação foi feita em julho com dados de 28 países de todo o mundo, inclusive com os casos registrados no Brasil. A variação entre continentes, porém, é considerada significativa. Em alguns países, a taxa foi superior à média mundial. No México, ela chegou a 6% nos três primeiros meses. Na Argentina, foi de 4,5% entre maio e julho.
Uma das conclusões é a comprovação de que diabéticos e obesos têm mais chances de não sobreviver ao vírus. O que o estudo também revela é que nem crianças nem idosos estão entre os grupos de maior risco, como foi inicialmente indicado. Apenas 12% dos mortos até agora tinham mais de 60 anos. Noventa por cento dos óbitos gerados pela gripe sazonal ocorrem em pessoas com mais de 65 anos. Por ano, entre 250 mil e 500 mil pessoas morrem no mundo de gripe comum.
Uma das teorias avaliadas pelo estudo é de que os mais idosos estariam mais protegidos porque, no passado, podem ter sido expostos a um vírus parecido ao H1N1 ou a uma versão mais leve do mesmo vírus. A estimativa é de que as pessoas que nasceram antes de 1957 podem ter desenvolvido uma resistência a um vírus que se desenvolveu após a gripe espanhola, em 1918. Mas o perfil ainda mostra que, quando idosos são contaminados pelo vírus H1N1, a taxa de mortalidade é alta.
O estudo também indica a necessidade de proteger mulheres grávidas. Nesta semana, a Comissão Europeia divulgou sua estratégia de vacinação, que deve começar já em meados de setembro. Gestantes, médicos e enfermeiras e pessoas com problemas de saúde devem ser os primeiros a receber a vacina. A UE admite, porém, que será "improvável" que haja vacinas para todos em um primeiro momento.

– Será necessário definir prioridades – disse.

Dinheiro
- Para enfrentar a doença, o governo federal enviou ontem ao Congresso uma medida provisória para liberar R$ 2,1 bilhões em crédito extraordinário.
- Metade da verba deverá ser usada na compra de vacinas.
- A segunda maior fatia de recursos vai para a compra de medicamentos.
- Também haverá investimento na ampliação do número de leitos de UTI e na compra de equipamentos usados para tratar problemas respiratórias.
- Os governos estaduais deverão ainda receber recursos.
- Outra parcela será usada em pesquisas sobre a gripe.
 

Medida Provisoria libera recursos para enfrentar a Gripe A

MP libera R$ 2,1 bilhões para compra de 73 milhões de doses da vacina e 11,2 milhões de tratamentos contra nova gripe


Recursos também serão investidos no aumento do número de leitos de UTI, compra de equipamentos e material de diagnóstico, capacitação profissional e pesquisas sobre comportamento da nova doença

O governo federal decidiu nesta quarta-feira (26) enviar ao Congresso Nacional medida provisória para liberação de crédito suplementar no valor de R$ 2,1 bilhões para o enfrentamento da pandemia de Influenza A (H1N1). Esse recurso será utilizado na aquisição de 73 milhões de doses da vacina contra a nova gripe, compra de mais 11,2 milhões de tratamentos, equipamentos para hospitalização, material de diagnóstico, aumento do número de leitos de UTI, além da capacitação dos profissionais e ampliação dos turnos nas unidades de saúde.

Do total das verbas previstas na medida provisória, R$ 1,06 bilhão será usado na aquisição de vacinas contra a nova gripe. No primeiro semestre de 2010, o Ministério da Saúde distribuirá 73 milhões de doses à população, o suficiente para imunizar, pelo menos, 36,5 milhões de pessoas. Desse total, 33 milhões serão fabricadas pelo Instituto Butantan, em São Paulo, e as 40 milhões de doses restantes, adquiridas do Fundo Rotatório de Vacinas da Organização Panamericana de Saúde (OPAS) e de empresas privadas. Até o momento, o laboratório brasileiro é o único da América Latina com capacidade para produzir a vacina.

O Ministério da Saúde também vai reforçar o estoque de medicamentos contra a gripe A, com a aquisição de mais 11,2 milhões de tratamentos. Eles serão distribuídos aos estados a partir de setembro deste ano e representam um investimento de R$ 483,6 milhões. Parte da nova remessa, 2 milhões de tratamentos, será produzida pelos laboratórios oficiais – do Exército, da Marinha e da Aeronáutica, sob supervisão do Laboratório de Farmanguinhos da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz). As instituições militares receberão investimento de R$ 20 milhões em infraestrutra.

Desde o início da pandemia, o Ministério da Saúde comprou e produziu um total de 1,2 milhão de tratamentos. De 25 de abril a 21 de agosto, foram distribuídos aos estados 695.566 tratamentos. Além disso, o Ministério da Saúde mantém em estoque 8,5 milhões em matéria-prima para a formulação do produto, insumo adquirido em 2006 para uma possível pandemia de gripe aviária, que não ocorreu.

ATENDIMENTO – A capacidade de atendimento de pacientes em estado grave será ampliada com o aumento do número de leitos de UTI, além da compra de equipamentos necessários nessas hospitalizações, como os kits de respiradores, e de oxímetros (utilizado nas emergências para avaliar o agravamento de problemas respiratórios). As verbas destinam-se, inclusive, para ampliação de leitos de UTI Neonatal, uma vez que as grávidas estão no grupo de risco da doença. Em relação à atenção básica, os estados receberão incentivos para ampliar os turnos das equipes de saúde da família, evitando a sobrecarga nas unidades de saúde, além de recursos para a atualização dos profissionais. O investimento total nessas áreas será de R$ 524,2 milhões.

Além disso, outros R$ 22,72 milhões estão destinados à compra de equipamentos de proteção, principalmente para profissionais de saúde, e material para o diagnóstico da nova gripe, um total de 113,2 mil unidades de oito itens diferentes. Entre eles, destacam-se 3 mil embalagens para transporte de amostras infecciosas e 110 mil máscaras. Os exames estão sendo realizados nos três laboratórios de referência do Ministério da Saúde para influenza – Instituto Evandro Chagas/PA, Instituto Adolfo Lutz/SP e a Fiocruz/RJ – e dois laboratórios centrais dos estados do Paraná e do Rio Grande do Sul.

O Ministério da Saúde vai financiar ainda cinco pesquisas sobre o comportamento do vírus A (H1N1). Um total de R$ 5 milhões será destinado a estudos sobre a efetividade do medicamento fosfato de osetalmivir na redução dos sintomas e da gravidade da doença e análise das mutações genéticas do vírus. Essas duas pesquisas deverão ficar prontas em um prazo de até um ano. As outras três, sobre fatores de risco, transmissão, gravidade, mortalidade e da validação do insumo produzido no país para o diagnóstico da doença serão finalizadas até o fim do ano. A intenção é validar o produto fabricado no Brasil e nacionalizar a sua produção.
 

terça-feira, agosto 25, 2009

E te direi como tomam a Casa

Você mesmo os convida

Confia que falarão por você

Afinal você os respeita!

 

A outros,você contrata como funcionários

Confia que trabalharam honestamente

Afinal você os paga!

 

Com alguns divide sua intimidade

Confia que serão sinceros

Afinal são as palavras e promessas que te convenceram

 

E então você se desarma...

Quando percebe

Eles te seqüestram,te cercam,te amordaçam,te roubam

Te tomam a Casa

 

E assim te disse como tomam a Casa...

 

Não se iluda!

Virão ferozes, exterminadores.

Virão com processos, difamações

Virão com mentiras e traições

Virão com violência inimaginável

 

Assim te tomarão a Casa e a vida

 

E então se encontrará sozinho

No meio da corja de Psicopatas

No meio da corja de omissos

No meio de criminosos

 

Assim  agem

 

Ana Maria C. Bruni

Itacaré - Bahia

Por que ficaram caladas? Caso do medico Roger Abdelmassih

Algumas mulheres não ficaram caladas, segundo informações sobre denúncias contra o  Doutor Roger Abdelmassih
"O Ministério Público revelou que as denúncias mais antigas contra o médico são do início da década de 1970, de acordo com o depoimento de uma ex-paciente"
 
Elas não ficaram caladas!
Não houve quem as ouvisse!
...
Para as que se calaram permitindo que muitas outras sofressem de violência lembrem-se que,
Agora é tarde...
 

Primeiro estupraram uma mulher

Mas eu não me importei com isso

Eu não era a vítima.

 

Em seguida agrediram outras

Mas eu não me importei com isso

Eu não era como elas

 

Logo estavam perseguindo outras mais

E eu não disse nada

Eu não vivia como elas

 

Depois prenderam várias mulheres

Mas eu não me importei com isso

Porque não sou como elas

 

Em seguida difamaram outras

Mas eu não me importei com isso

Não era relacionado à minha vida

Também não me importei

 

Depois escutei seus gritos de socorro

Mas eu não me importei também com isso

Fingi que não os ouvi

 

Agora estão me estuprando

Agora estão me agredindo

Agora me perseguem

Agora estão querendo me prender

Agora estão me difamando

Agora estão querendo calar a minha voz

 

Mas já é tarde

Como eu não me importei com as outras mulheres,

Não sobrou nenhuma para se importar comigo.

...

Saiba mais sobre Roger Abdelmassih, o especialista em reprodução preso e acusado de cometer 56 crimes sexuais
 
Nos links do Dois em Cena
 

A oposição e a renúncia coletiva ao Conselho de Ética do Senado. Será mesmo uma boa idéia?

A oposição e a renúncia coletiva ao Conselho de Ética do Senado. Será mesmo uma boa idéia?

O presidente do PSDB, Sérgio Guerra (PE), vai propor nesta terça, em reunião com os líderes do seu partido e do DEM no Senado, Arthur Virgílio (AM) e Agripino Maia (RN), respectivamente, que os partidos de oposição deixem o Conselho de Ética. O ato seria um protesto contra a decisão do colegiado de arquivar as 11 representações contra José Sarney (PMDB-AP), presidente da Casa. "Vou defender que o partido saia do Conselho de Ética. É uma decisão de protesto. O Senado não deu respostas à sociedade. Esse conselho, na forma como está, é o símbolo que não deve haver". As palavras estão certas. Mas será mesmo esta a melhor saída? Temo que a decisão lembre aquela da oposição da Venezuela, quando preferiu boicotar as eleições. Chávez elegeu uma Assembléia inteira…

Vamos ver. Em primeiro lugar, os partidos da base aliada não se sentiriam moralmente atingidos porque já está demonstrado que não há por lá grande patrimônio a defender. Alguém imagina, sei lá eu, patriotas como Renan Calheiros, Wellington Salgado, Ideli Salvatti ou o próprio Sarney intimidados? "Pô, a gente foi longe demais, né? O que faremos para trazer a oposição de volta?"

Mais: há senadores — ou quase isso, como Paulo Duque (PMDB-RJ) — que defendem a extinção do Conselho de Ética. E, por conseqüência, a impossibilidade de o mandato de um parlamentar ser cassado pelos próprios pares. Tudo seria definido pela Justiça — no caso, pelo STF. Como isso seria feito? Ninguém sabe.  A aposta, acho, é que processos de arrastem.

Uma questão para os senadores de oposição: como se posicionariam diante da proposta de extinguir o Conselho de Ética? Seriam contrários ou se alinhariam com Duque nesse particular? Caso sejam contrários, como podem se negar a participar de um conselho cuja existência defendem?

Não seria melhor começar um debate, então, por uma reforma política que contemplasse a reforma do Senado? Não seria pra já, sei disso, mas se começaria um movimento nesse sentido. Por que as oposições não se tornam, desde já, defensoras do voto distrital misto, do fim da suplência no Senado — que se faça outra eleição — e da criação de câmaras especiais na Justiça para decidir, em caráter definitivo, o que fazer com os chamados "fichas-sujas", por exemplo? O próprio Virgílio defendeu essas propostas em entrevista a este blog. E elas são boas.

A idéia de simplesmente cair fora do Conselho de Ética não me parece acertada. Acho que despolitiza o debate, quando é preciso fazer o contrário. O processo pode ser demorado, seiu disso. Mas é preciso começar em algum momento. Enquanto isso, que as imposturas no Conselho de Ética sejam denunciadas por aqueles que não compactuam com elas.

Do Blog do Reinaldo Azevedo Na Veja

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Blog - Diga as três tarefas principais de uma futura reforma política que, na sua opinião, colaboraria para preservar o Congresso dos vexames a que estamos assistindo.

Arthur Virgilio - Num prazo mais longo, como meta a ser alcançada, o Parlamentarismo. A prazo mais curto, o Voto Distrital Misto, que permite ao eleitor conhecer melhor ao menos boa parte dos candidatos. A prazo bem mais curto, regulamentação das coligações partidárias, a fim de proibi-las nas eleições proporcionais, evitar que partido faça parte de mais de uma coligação. Para não me restringir às "três tarefas", alinho mais algumas medidas que considero importantes: suplentes de senadores só poderiam ser substitutos, não sucessores; em caso de vacância, assumiria o deputado mais votado do partido ou coligação; criação de câmaras especiais, na Justiça, para decidir em definitivo, antes do fim do prazo para inscrição, processos que envolvam candidatos — seria a forma de afastar os fichas-sujas, mas com decisão transitada em julgado; proibição de eleger para o Conselho de Ética parlamentar que esteja respondendo a processo por crime patrimonial ou contra as finanças públicas, já estou propondo isso; permissão para que condutas condenáveis, anteriores à posse, possam ser examinadas para fins de decoro parlamentar — hoje, somente atos praticados após a posse podem ser objeto de processo; também já apresentei Proposta de Emenda Constitucional para esse fim; mandato por prazo máximo de quatro anos para o cargo de diretor-deral do Senado, tendo o nome escolhido pelo presidente da Casa de ser submetido à aprovação do Plenário, que também poderá promover a destituição a qualquer tempo (essa providência também foi por mim proposta). Leia na íntegra no Blog do Reinaldo Azevedo na Veja

E quando o exemplo de 12 nos lembra dos outros 12

Demissão coletiva na Receita Federal

Por fim, sr. secretário, queremos ressaltar que é por lealdade à instituição a que servimos que tomamos esta difícil decisão. Não podemos permanecer administradores, detentores de cargos de confiança, quando sabemos que hoje é diverso o contexto político-institucional que nos motivou a assumirmos os postos de gerência em nossa Casa, e que não mais subsiste, de parte a parte, a necessária sintonia que justificaria a nossa permanência na gestão.

Atenciosamente,

Altamir Dias de Souza Superintendente da RFB na 4ª Região Fiscal
Dão Real Pereira dos Santos Superintendente da RFB na 10ª Região Fiscal
Eugênio Celso Gonçalves Superintendente da RFB na 6ª Região Fiscal
Fátima Maria Gondim Bezerra Farias Coordenadora-Geral da COCIF
Frederico Augusto Gomes de Alencar Coordenador-Geral da COCAJ
Henrique Jorge Freitas da Silva Subsecretário de Fiscalização
José Carlos Sabino Alves Superintendente-Adjunto da RFB na 7ª Região Fiscal
Luis Gonzaga Medeiros Nóbrega Superintendente da RFB na 3ª Região Fiscal
Luiz Sérgio Fonseca Soares Superintendente da RFB na 8ª Região Fiscal
Luiz Tadeu Matosinho Machado Coordenador-Geral da COSIT
Marcelo Lettieri Siqueira Coordenador-Geral da COGET
Rogério Geremia Coodenador-Geral da COFIS"

Leia a íntegra da carta de demissão dos 12

Dil má: Secretário da Receita exonera assessores de Lina Vieira

Do Dois em Cena

...

Emparedados como Antígona muitos deverão ser para que templo da verdadeira justiça e irmandade seja erguido em terras brasileiras.

segunda-feira, agosto 24, 2009

E os convidamos para nossa Casa...

Eu também os convidei

para A Casa.

Demonstravam ser éticos, educados,

honrados, com princípios.

Eram bem recomendados e

a si próprios recomendavam

 

Nesta nova Casa, almejava-se uma grande festa,

com todos os amigos que também assinaram os convites.

A Casa precisava de reformas,

de boa companhia, de solidez.

Conversaríamos entre sorrisos confiantes

pois o trabalho haveria de ter sido feito!

Comemoraríamos!

 

Mas qual o quê!

Após o convite

Invadiram A Casa

Tomaram A Casa

Convidaram seres pérfidos

E com a turba nefasta

Pixaram as paredes!

Demoliram os muros!

Desmataram jardins!

Devoraram os alimentos!

Roubaram as economias!

Depredaram os pilares!

 

Nas ruínas da Casa fazem festanças

Em algumas fantasiam-se os descarados como nós, de miseráveis

Em outras, entre eles nos afrontam com o chic dos gatunos

E a esbórnia depravada continua

 

Criaram muralhas ao redor da Casa

Calaram a mim e aos amigos

Na Censura aviltante,

de convidados se tornaram invasores

 

Na farra desavergonhada

Viajam para invadirem outras casas,

com plano de criarem o grande condomínio nefasto.

Seus nomes imundos invadiram ruas e palácios

Para onde olhamos lá estão os nomes dos que havíamos convidado

Recebem honrarias em outras paragens,

de outras casas tão ingênuas como nós fôramos!

 

Meus amigos aterrorizados.

Não vêem saída para a Casa em ruínas

Perguntam: Quem são estes que convidamos?

Não conseguimos expulsa-los!

E querem que os sirvamos!

 

Por que os convidamos?