terça-feira, junho 23, 2009

estamos por nossa conta Mulheres no Irã

Foto: AP

Também sei que as mulheres do Irã estão na vanguarda. Há dias, tenho as visto incentivando homens menos corajosos que elas. Tenho visto elas apanharem por causa de seu espírito de combate. "Por que vocês estão sentados aí?", gritou uma delas para alguns homens sentados na sarjeta no sábado. "Levantem-se! Levantem-se!"

Outra mulher de olhos verdes, Mahin, de 52 anos, cambaleou para uma alameda cobrindo seu rosto em prantos. Então, contra os pedidos dos que estavam ao redor dela, ela mancou de volta para o meio da multidão que ia na direção da Praça da Liberdade. Gritos de "Morte ao ditador!" e "Queremos liberdade!" a acompanhavam.

Havia pessoas de todas as idades. Vi um homem idoso com muletas, funcionários de meia idade e grupos de adolescentes. Diferente das revoltas estudantis de 2003 e 1999, esse movimento é amplo.

"As Nações Unidas não podem nos ajudar?", uma mulher me perguntou. Eu disse que duvidava muito. "Então", disse ela, "estamos por nossa conta".

No Passira News dica do Dois em Cena

"Levantem-se! Levantem-se!"
...

Lembre-se de todas as nossas mulheres nas cadeias
Lembre-se de todas as nossas mulheres em protestos
Lembre-se de todas as nossas mulheres em anos de lutas
Lembre-se de todas as nossas mulheres, seus triunfos e lágrimas
(Women's Day Song, África do Sul)

 

Quando atos de violência afetam uma mulher, todas nós, incluindo nossas futuras gerações, são afetadas.

Ericka Omena Erickson