CNJ encontra 2 mil processos desviados para porão

Trabalho do Conselho Nacional de Justiça é  'turbinado' por denúncias cada vez mais frequentes  
O improvável  acontece e facilita o trabalho do Conselho Nacional de Justiça (CNJ) de juízes  que atuam na corregedoria e participam das inspeções nas varas e tribunais de  todo o País. Juízes e funcionários do Judiciário revelam irregularidades nos  tribunais em que atuam.  Para iniciar as inspeções, o conselho avisa ao Tribunal  de Justiça que vai analisar os processos que tramitam no Estado. Os juízes  responsáveis pelas inspeções já constataram manobras feitas nos estados, com o  propósito de maquiar a realidade.  Num Juizado Especial de Salvador (BA), com base em  análise prévia, os juízes do CNJ constataram a falta de 2 mil processos.  Percorreram o prédio, abriram armários e gavetas, sem resultado.  Ao percorrer um dos corredores do prédio, o corregedor  obteve a informação necessária para compor o quebra-cabeça: um funcionário  passou, a passos largos, e sussurou para juízes da corregedoria: "Porão, porão!"   Era a senha que faltava. Representantes do CNJ  indagaram se havia um porão naquele prédio. Havia. Eles pediram para  vistoriá-lo. Ao entrar no porão, logo encontraram pilhas e pilhas de processos  acumulados.  O volume de papel era tanto que não restou dúvida aos  corregedores de que estavam diante de 2 mil processos. O esconderijo havia sido  utilizado para omitir a baixa produtividade do  Juizado.
Fonte: Rádio Metrópole
 Do Karina Merlo
